O resultado alcançado – 100,537 milhões de toneladas – confrontado com dados anteriores do próprio USDA, significou aumento de pouco mais de 94% em relação ao que foi produzido 20 anos antes, em 2001, e representou uma disponibilidade quase 50 milhões de toneladas maior.
Nesse aumento, a principal contribuição individual veio da produção brasileira. Ela aumentou 120%, índice que correspondeu a um adicional de, praticamente, 8 milhões de toneladas de carne de frango. Com isso, a participação brasileira no total mundial, de 12,69% em 2001, subiu para 14,42% duas décadas depois.
Em termos relativos e comparativamente aos principais produtores, o índice de expansão registrado pela produção brasileira só foi superado pela Tailândia, cuja produção aumentou mais de 160%. Mas a Tailândia, mesmo com esse aumento, produz apenas 3,2% do total mundial.
Notar, de toda forma, que o volume proveniente do que se convencionou chamar de “demais países produtores” aumentou perto de 215% e correspondeu a um adicional que, embora pulverizado entre mais de uma centena de países, representou aumento de volume muito próximo dos 20 milhões de toneladas.
Essa expansão ajuda a explicar por que, ao contrário do desempenho registrado na década inicial deste século, as exportações brasileiras da década passada permaneceram em relativa estabilidade na maior parte do período: países que antes importavam são agora produtores, quando não também exportadores.